Ouvindo a sinfonia dos pássaros
Caminhei com meus pensamentos
Acalentados pela suave brisa matinal
E repicados somente pelo uníssono som

Produzido por insetos horripilantes
Alojados na verdejante e orvalhada grama
Que cobria uniformemente
O chão úmido e irregular do bosque

Os raios sempre luminosos do sol
Ainda não haviam penetrado
Na densa e porosa galhada das árvores
A fim de amenizar a umidade do chão

A sombra proeminente das plantas
Dava um ar sombrio e atraente
Criando uma atmosfera totalmente
Propensa a reflexão e a meditação

E eu encontrava-me ali
Completamente envolto pela singularidade
Deste surreal, melancólico e sedutor panorama
Deixando-me com o pensamento inquieto

Instantaneamente começava a imaginar
Como seria estar no limbo do paraíso
Livre de todas as sensações e prazeres mundanos
Que aprisionam e corrompem o nosso espírito