DANIEL MARIN
Ninguém é uma ilha cerceado em si próprio, somos fruto de uma intrincada cadeia de interações.
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Textos
Manhãs de Outono
As folhas cobrindo o chão
Secas, e completamente sem vida
Jazem ali na sua atmosfera esquecida
Servindo como uma sutil proteção

Amontoadas nos cantos, e na extensão da calçada
Nas bordas da solitária e empoeirada estrada
Vão e vem conforme a brisa suave sopra
Acomodando-se lentamente uma sobre a outra

Folhas flutuando suavemente ao vento
De forma alguma prenunciam um tormento
São fruto do ar em constante movimento
Modelando o panorama a cada exato momento

A paisagem muda no decorrer do outono
As árvores já quase sem folhas
Testemunham o gradativo abandono
Dos espaços outrora ocupados

As ramificações da sua galhada
Assemelham-se as artérias do corpo humano
Compondo uma sóbria pintura inalterada
Deixando as árvores no seu formato mais insano

O vento repicando na colina
Corta de forma tangente a neblina
Dispersando-a aos poucos e lentamente
Estas são as manhãs de outono comumente
Daniel Marin
Enviado por Daniel Marin em 08/11/2010
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