O ranger da porta é uma eterna melodia,
É o abrigo de sonhos e fantasias,
O som irrefutável, despertador da saudade,
Das inesquecíveis e sublimes recordações.

Guardadas no fundo da alma,
E que vem a tona com o seu simples,
Abrir e fechar...

Lembranças da infância,
Onde o mundo parecia ser colorido e primoroso,
Sem perversidade ou  hipocrisia,
E tudo se resumia em bondade, brincadeira e alegria.

Pensamentos que repentinamente,
Remetem-nos ao passado,
As nossas aflições deixadas de lado,
Mas que afloram...subitamente,

Com o fútil descerrar,
De uma porta,
Abrindo nossa mente para relembrar,
Nossas memórias esquecidas.

Pois nos pequenos detalhes...
Da nossa existência,
Reside a morada da consciência,
Resume-se a vida na sua forma mais tênue.

E é no mistério da simplicidade, que está arraigada,
A exata complexidade,
Duas formas antagônicas que se completam.