Os campos sorriem em flores,
Sua relva molhada pelo orvalho,
Lança o frescor de seus odores,
Nas campinas verde oliva,

Que recobrem a pampa natural,
Como um poncho verde de lã,
A cobrir o gaúcho andarilho,
Galopeando livremente com seu bagual,

Pelo Rio Grande afora,
Nas paragens, das fazendas e rincões,
Onde o bravio minuano chora
E a verdadeira tradição faz morada.

No lombilho dos potros xucros,
O Rio Grande imponente se fez,
A tradição gaúcha e a valentia,
Tiveram nos rigores da terra a prenhes,

Que afloram esplendorosamente,
No peito de cada continentino,
Transfigurada sem nenhum desatino,
Em nossas manifestações culturais,

Na memória carregamos lembranças,
Deste pago ímpar e sem dono,
Onde impera o cantar do sabiá,
E nossa galhardia fica na herança.