DANIEL MARIN
Ninguém é uma ilha cerceado em si próprio, somos fruto de uma intrincada cadeia de interações.
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Textos
Alguém Salve o Brasil
Alguém salve o Brasil! Mas quem? Quem poderá nos livrar deste marasmo parasitário que se estabeleceu no seio da Pátria, desta terra doce e abençoada, de rios, praias, campos e vales; de um verdadeiro e rico mosaico cultural, manancial inesgotável da diversidade no seu pleno sentido. Falar de roubo e corrupção ativa e passiva, já virou rotina. Entretanto há um aspecto que julgo pertinente e deveras necessário elencar aqui. Além é claro dos sórdidos e esdrúxulos conchavos político/partidários que se dão tanto na oposição quanto na situação atualmente no Governo Federal e que dissemina-se como regras para os demais Governos (Estadual e Municipal), manchando também os departamentos estatais e de controle financeiro e social do país, com está prática irresponsável e perigosa, que ganhou contornos de legalidade. Há indubitavelmente uma crise ético/moral nos nossos dirigentes máximos, que além de terem sabidamente grau de instrução precária e deficitária, são um poço de ignorância e prepotência. Contudo, há outro vital aspecto que merce ser colocado aqui, muito embora seja ignorado e não levado em conta por grande parte da população e pela mídia deste país, um aspecto importante sim, e que tem tudo a ver com a crise ferrenha que nos aflige neste momento; óbvio que não é só isso mas é sim importante parte do problema. Esquecemo-nos nestas idas e vindas de protestos e discursos inflamados no Congresso Nacional, onde os parlamentares invocam as mais ocultas e irreais forças; aludem a Deus e a natureza para parecerem eloquentes e verdadeiros. Esquecemo-nos que para governar um país precisa primeiramente de características intra e interpessoais de liderança de gestão, de capacidade de trabalhar em equipe, de transformar o discurso em prática. É necessário e imprescindível ter competências múltiplas que não somente a escola da vida dá, mas também nascem com a pessoa e aprendem-se nos bancos das escolas, das universidades, somadas a experiência de gestão dão lastro, para o “líder” e governar. Enfim essencialmente é preciso ter alma de líder, consciência de cidadão íntegro e honesto, humildade para reconhecer os erros e deficiências, e capacidade de dialogar e ouvir a voz do povo. O verdadeiro estadista é uma pessoa de visão, alguém que vislumbra além do horizonte óbvio e próximo, e impregna nos seus cidadãos a motivação e a energia necessária para alavancar e exponencializar a suas potencialidades, e tornarem a Pátria maior e pujante. O estadista coloca o povo acima das suas vicissitudes e cobiças pessoais, para ele a nação é sagrada. Mas o líder também deve ser sábio, dotado de faculdades mentais que o dignifiquem, não como temos atualmente, a começar pela Presidenta, líderes ínfimos e insignificantes, sem qualidades e capacidades para exercer a função. O ponto chave que coloco aqui é a verdadeira incompetência dos Gestores Públicos, que conduziram irresponsavelmente a máquina pública deste país para o abismo, talvez ao lado da corrupção e da politicagem, formam a tríade do fracasso da administração pública nacional. Somos os fatídicos reféns da pura incompetência de quem conduz os negócios da nação, vítimas talvez de uma tragédia anunciada, pois assumimos o risco ludibrioso quando votamos em um presidente semianalfabeto e sem experiência, depositando nossas esperanças num líder sem as mínimas condições técnicas e políticas de administração uma nação e em seguida votamos na Presidenta com múltiplas incapacidades. É bem claro e impostante salientar, que a Administração Pública é muito mais ampla e depende de vários fatores, não se pode colocar a responsabilidade sob uma só pessoa, mas no nosso Regime de Presidencialismo onde sumariamente passamos uma carta de anuência nas mãos do Presidente eleito pelo voto direto para ser praticamente o “Rei”, num período de quatro anos, isso faz toda a diferença. Claro que, que Câmara e Senado também têm suas significativas parcelas de culpabilidade, não deve-se abster-se a este aspecto, muito menos negligenciá-lo, pois a corrupção dá as cartas no centro do Império (Brasília). Mas centro-me neste momento a figura do Gestor, da pessoa encarregada de tomar as decisões e que falta com a nação. Falta, talvez não por má-fé, ou descaso, mas ao que parece, falta por ausência completa de capacidade, de formação técnica, de diálogo, de liderança. Portanto ao que me parece, há carência no povo brasileiro de se observar, de atentar para quem dá o seu voto, para quem passa a procuração para cuidar dos negócios da Pátria. Pois os números não mentem, dos quatro presidentes eleitos após a redemocratização, um foi cassado e a atual passa no momento processo de impedimento do mandato, exatamente 50%, chegaram as vias de fato do impedimento. Isso sem contarmos com os inúmeros processos de impedimento arquivados dos outros dois, e os escândalos de proporcionaram; então fica claro ao que me parece, que não temos tido sorte ou competência para votar. Isto é reflexo também da política partidária, onde indica candidatos execráveis que beiram ao cômico, e em alguns casos ficamos sem opção, como nesta última eleição presidencial por exemplo, onde ataques pessoais e discursos vazios e sem objetividade foram a tônica e explicitaram e fragilidade intelectual e de discurso dos principais candidatos à majoritária da nação. Muito embora é importante frisar que nos iludimos com as pesquisas de intenções de votos, onde tendemos ao natural votar nos que apresentam percentuais maiores, deixando de lado candidatos até melhores em propostas, projetos e formação por terem números estatísticos ínfimos no que tange aos votos nas pesquisas. Portanto a incompetência do Gestor Máximo da Nação tem peso cabal na situação que vivemos e presenciamos atualmente no Brasil, e é fruto sim da nossa imperícia no momento magno do voto.
Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 18/04/2016
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