Inspiração e a luz do amanhã
A luz do amanhã,
Numa abertura fugaz e sem pretensão,
Abre alas para o escondido vindouro,
Filho unigênito do presente,
Peça rara da mente humana,
Morada da tenra emoção.
Que pensas oh rude razão,
Dominadora da sensata opinião,
Endurecestes sem a mínima piedade,
O pobre e amoroso coração.
A poesia que habita o peito,
Outrora era livre e leve,
Assemelhada a uma delicada pluma,
Flutuando no limbo da fértil mente,
Em busca dos versos deliciosos.
Agora; petrificou-se como rocha bruta,
Fria e sem sabor,
Acinzentada; perdeu o vistoso brilho,
Pálida; anulou-se a antiga e bela cor.
Que restas então ao vazio coração?
Apenas contemplar o exitoso pôr sol,
Na angustiante espera,
Que a luz do futuro traga alada,
A perdida inspiração.
Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 19/01/2018
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