Em cada folha que cai,
No orvalho molhado da noite,
Onde repousam os sonhos,
E a rotina dura se esvai,
Acalenta-se o sentimento,
Que apascenta-se absoluto,
Num espaço de tempo,
Petrificado por um momento.

Os sonhos que povoam,
O espírito liberto,
Revoam...
Como pássaros alados,
Distando da enfadonha razão,
E singram os mares abertos,
Num devaneio ao léu,
Saboroso como a doçura do mel.

E no pináculo da loucura,
Da tormenta infinita,
Do pano de fundo em que a brancura,
Esconde dos olhos curiosos,
É que está a essência bonita,
O bel prazer sedoso,
Brilhante como uma galáxia inteira,
Pronto a ser desvelado.

E é então!
Que a gênese revela-se ao sol,
Como estrela maior,
Imponente no horizonte límpido,
Saindo das profundezas cavernais,
E mostrando suas belezas,
Regozijando-se nas alegrias,
No desfrute instantâneo da vida.