Os raios de sol da manhã,
Enriquecem a tonalidade da paisagem,
O que era frio e escuridão na noite,
Já é alegria e cantarolar matinal.

O multicolorido da natureza,
Assume identidades sem iguais,
Não são meros devaneios banais,
É a vida que pulsa a cada instante.

O renovar é uma constante diária,
A  marca indelével do Universo,
Característica plena e identitária,
De tudo o que nos cerca e envolve.

Em cada aurora linda que alvorece,
Cada vez mais temos a clara certeza,
Que pouco da vida se conhece,
São lapsos lúcidos temporais.

E na perdição do ignóbil tempo,
Vivemos dia após dia,
Num frenesi de alegria e tormento,
Um caleidoscópio de emoções gritantes.

E na busca ansiosa pela felicidade,
Petrificada na necessidade da eternidade,
Estamos suscetíveis a pusilanimidade,
Resultado de um viver sem introspecção.

E no fatídico ar de ventanias,
O rosto esbelto fere a ignomínia,
Luta bravamente pela alegria,
No doce sabor que nos contagia.