Caminho sem volta,
Escuridão noturna,
Pranto!
Dor!
Coração que sangra,
Alma sem cor.

Alucinógeno aterrorizante,
No calabouço macabro…
Um paraíso doce, intocável,
Agora já agonizante.

A pétala seca da flor,
O peito em completo ardor,
A vida cinza, desvalida,
Em que cada passo,
Torna-se uma funesta despedida.

Não há luz!
No túnel insano da vida,
As nuvens espessas,
Negam o sentido da visão.

A esperança,
Estandarte da libertação,
Não passa de uma promessa futura,
Algo que vem a mente,
E não passa de procrastinação.

O estímulo profundo,
Nas linhas rugosas do tempo,
Serve de lugar alento,
Na curvatura da existência.
Busca-se avidamente…
Uma saborosa saída,
A liberdade propagada aos quatro ventos,
O anseio em completa desmedida.

O lugar ao sol,
Nas calorosas tardes de verão,
Sentir a vida fluir,
E prosseguir...