O vento norte prenuncia algo,
Um evento triste ao nobre fidalgo,
Ou luz da alegria que plena contagia,
O espírito pacato da ruidosa melodia.

Os prenúncios que a ventania traz,
São aspectos do passado que subjaz,
Na linha teimosa e tênue do tempo,
Onde o futuro remexe-se no tormento.

Venta vento raivoso e sem tom,
O seu som uníssono a invadir ou ouvidos,
São sintomas do advir na forma de zunidos.

E nos aspectos soturnos da letargia,
O horizonte frio e calmo contagia,
Acalentador, é prenúncio vivo da poesia.