O que podemos aventar sem qualquer medo ou insegurança é a flagrante impossibilidade de evitarmos a indeterminação no mundo. Os objetos que nos rodeiam, desde uma simples peça de vestir a um ônibus espacial, são reais, palpáveis e obviamente estão a nossa vista. É uma obviedade per se. Contudo a problemática surge no ponto de vista da física na sua fronteira da pesquisa e consoante ao já estabelecido como conhecimento sólido. Isto, pois, ao acrescentar à realidade coisas, objetos como mundos múltiplos, variáveis igualmente múltiplas e sem controle e processos que jamais foram observados. Neste ponto é preciso aceitar a função de onda dada por  ᴪ é “real”.
Não é, contudo perder o sono, nem levar em demasiado a sério a onda ᴪ.
Já que a onda não é uma entidade corpórea, real, ela personifica-se apenas como um instrumental de cálculo, ou seja, uma equação de natureza físico-matemática. Podemos exemplificá-la como: a peça orçamentária de uma empresa ou governo, prognósticos econômicos, previsões de altas ou baixas em ações, etc. Estes eventos citados, são todos reais, disso não temos a menor dúvida, entretanto eles ocorrem sim, mas de forma probabilística, orçamentos, prognósticos e probabilidades, são previsões estimativas que podem ou não acontecerem. E então a quantidade de  ᴪ é a forma como nós humanos e máquinas controladas por nós, fazem para calcular a probabilidade de ocorrência destes eventos mundanos reais.
É possível dizer que a interpretação de uma onda  ᴪ, são totalmente abstratas e tem a função lógica de interpretar apenas um aspecto resumido do nosso conhecimento, a epísteme dos fenômenos que ocorrem. A onda ᴪ é a informação que nós temos do mundo; a física não é discricionária do mundo. Ela descreve o que nós humanos sabemos do mundo, personifica-se na informação que temos do mundo que nos rodeia. A informação é exponencial, isto é, aumenta indeterminadamente, justamente quando fazemos uma observação. E o que ocorre é que a onda ᴪ sofre uma modificação. E a referida modificação não é devido a um fenômeno especial miraculoso, mas porque justamente muda o nível de informação que temos dele. Os prognósticos econômicos mudam porque temos novas leituras atualizadas do mercado, resultados de balança comercial mais robustos, apenas para atermos a algumas variantes. Ocorre então que aprendemos algo novo que anteriormente não tínhamos conhecimento.
O observador é real, e como um objeto do mundo pode também ser descrito pela teoria dos quanta. Pois, quando observo um observador, é possível ver coisas que ele não vê e é alheio a realidade que “eu” observo. É possível e real também que há coisas que eu e outro observador também ignoramos. Existem coisas que não são possíveis de observar.
O mundo existe mesmo que não tenha observador para observá-lo. A indeterminação é uma realidade que influencia a realidade do mundo.