Inteligência Artificial como novidade?
Uma das grandes temáticas que é posta na atualidade e está em voga é a da IA (Inteligência Artificial). As aplicações web que usam recursos intrínsecos da IA cada vez mais se popularizam no âmbito do meio digital e da sociedade. A "sociedade analógica" está em vias de extinção, para não dizer que já está extinta.
A popularização da tecnologia informática propiciou que às pessoas entrassem em contato com o mundo digital. Um mundo pautado pela abstração e povoado de aplicações para as mais diversas modalidades imagináveis. Tudo isso somado à velocidade absurda das comunicações abarcadas dentro do contexto das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação).
Contudo é imprescindível destacar que a IA não é uma novidade em termos de área de conhecimento. É importante frisar que ela remonta inclusive às teorizações de Alan Mathison Turing, matemático, lógico e cientista da computação que em meados das décadas de 1930/1940, ideou a denominada "máquina de Turing" que consistia basicamente na abstração do que viria a ser o computador moderno, na qual automatizaria qualquer processo lógico humano, solucionando também cálculos em formatos algorítmicos. Turing liderou um grupo de matemáticos e criptoanalistas que tinham como objetivo "quebrarem" os códigos que os alemães usavam para enviar mensagens militares no curso da Segunda Guerra Mundial.
Porém o escopo da IA foi ganhando forma com o cientista cognitivo Marvin Minsky, a partir do final da década de 1950. Ele centrou os seus estudos e pesquisas na área da cognição humana voltada ao campo da IA. Minsky acreditava que os computadores poderiam efetuarem tarefas essencialmente humanas com igual ou melhor excelência. De forma específica deu contribuições importantes para o estudo da análise de redes neurais artificiais. Objetivando "reproduzir" o pensamento humano via computacional, sendo uma aplicação análoga à rede neuronal cerebral.
Evidente que por claras limitações tecnológicas, a implementação e propriamente a evolução de aplicações baseadas em IA, permaneceram no limbo por certo período. A citar aqui de forma superficial de meados da década de 1960 até os anos 1980. Foi justamente com o aumento da capacidade de processamento de dados (software), bancos de dados robustos, estrutura computacional para implementar os intrincados algoritmos baseados em IA, e evidentemente a evolução vertiginosa do hardware. Foi então possível já na década seguinte de 1990, implementar vários conceitos baseados no campo da IA.
Esses conceitos de IA implementados que reverberam nos idos da década de 1990 e se alastram para os anos 2000, inicialmente envolviam a mineração de dados, na qual veio a desenvolver-se concomitantemente com as aplicações de internet, tais como o comércio eletrônico principalmente. Destacando-se também às aplicações com capacidades "cognitivas" para jogos, como xadrez por exemplo. E os sistemas especialistas, na qual é interessante destacar os sistemas na área da saúde; e de telemetria, que objetiva a coleta, transmissão e análise de dados sob forma remota; muito utilizado em aeronaves e veículos de competição.
Contudo evidentemente que na atualidade há uma profusão de aplicações baseadas em IA, e igualmente há um grande apelo midiático que pauta o debate. Pululam aplicações de reconhecimento facial, voz, música e pintura, por exemplo, na qual chamam muita atenção dos leigos no assunto. O que verdadeiramente denota um grande apelo na opinião pública.
Mas no fundo são aplicações de IA derivativas de conceitos e algoritmos que remontam às décadas passadas!