Data-driven! Decisão baseada em dados
É inegável que os dados assumem um papel protagonista neste mundo praticamente movido à tecnologia. O advento da eletrônica computacional propiciou inexoravelmente um desenvolvimento potencial de informação dinamizada sem precedentes na história da humanidade. Foi o premente aspecto calcado na capacidade de coletar e armazenar dados, que outrora ficavam no limbo da volatilidade abstrativa. E albergados em documentações físicas, como plaquetas de argila, estelas petrificadas, pergaminhos e papéis; apenas para nos atermos a uma ordem cronológica evolutiva dos meios de armazenamento através dos tempos. Denotou-se então uma mudança estupenda preparativa do que se denomina atualmente como data-driven, isto é, a decisão baseada em dados. É uma mudança que se faz sentir no nosso cotidiano e na forma como interagimos com o mundo, além de pautar o processo decisório, seja ele pessoal ou empresarial.
Dentro desta contextualização vimos com olhar atônito e até afoito, uma evolução contemporânea de ferramentas baseadas em Businnes Intelligence, na qual tecnologicamente tem a potencialidade de integrar conceitos e práticas da Inteligência Artificial e do Aprendizado de Máquina, para objetivação de análise preditiva de dados brutos. Dados estes que são fruto da coleta e armazenamento dos dispositivos eletrônicos/computacionais e aplicações de softwares (bancos de dados e sistemas aplicativos). A análise preditiva de dados tem a capacidade de antecipar erros, detectar eventuais falhas e prever cenários futuros.
Na contemporaneidade pautada pela dinamização das ações, sejam elas humanas ou empresariais, é imperioso transformar dados em conhecimento acionável. E isto contribui efetivamente para tomada de decisão robusta e baseadas em análises "palpáveis" de dados detalhados. Entra em cena também a matemática, a estatística e algoritmos de aprendizado de máquina preditivos.
Adotando uma abordagem que prime pela estratégia e seja pautada em fins analíticos de dados, traz como resultados o aumento da competitividade, redução dos custos e mitigação dos riscos para a empresa. Contudo é necessário a priori investir em ferramentas tecnológicas que permitam armazenar grandes, diria gigantescas quantidades de dados, e tudo isso sem comprometer a performance da empresa. É, portanto impreterível adotar bancos de dados robustos e escalonáveis, visando o futuro. Igualmente é fator importante, adotar processos e políticas de segurança da informação, garantir por vias computacionais e processuais a fidedignidade da informação, bem como a sua qualidade e acessibilidade, com vistas a possibilitar confiança nos dados informacionais que estão armazenados. Caso contrário o processo decisório final ficaria gravemente comprometido e se personificaria como um fatal malefício ao invés de um potencial e real benefício para a empresa.
Porém ao implantar uma ferramenta baseada em Businnes Intelligence e observando todos os preceitos acima qualificados, não estamos livres do malogro. Há impreterivelmente obstáculos a serem superados. Obstáculos estes que condizem ao uso indevido dos dados, onde a empresa acaba por ultrapassar as fronteiras éticas e compromete a privacidade do cidadão (cliente) ou mesmo o fornecedor. Outro aspecto é uma cultura de dependência "míope" da tecnologia e a confiança nos algoritmos de predição na qual se servem dos dados. É sempre benéfico atentar também para valências inerentes e próprias do ser humano como criatividade e intuição por exemplo. E por final a manutenção e escalabilidade, ou seja, acompanhar sempre as mudanças tecnológicas.
É, contudo, importante sempre reforçar que uma aplicação apoiada em tomadas de decisão que seja calcada no data-driven, depende claro da tecnologia, mas também das pessoas que a utilizam e dão seu toque sofisticadamente humano.