No âmbito do conhecimento e da filosofia, é possível dizer que Hume demonstrou que a encastelada faculdade da razão tem um papel mais modesto do que sempre foi apregoado. Em que o nosso conhecimento, não é fundamentado na razão, mas sim no costume, no que denominamos de hábito ao associarmos certos eventos a outros que tem como base fundamental na repetição. Hume faz um flagrante deslocamento da gênese do conhecimento da razão, para o costume que desenvolvemos. Ocorreu então uma ruptura de certa forma, e uma transmutação da maneira como a partir daí se lidaria com a filosofia e como a própria filosofia iria tratar questões inerentes a epistemologia nos séculos que estariam por vir até atingir a nossa contemporaneidade.